Enquanto eu fico parado, meu cérebro se agita, pois o espírito encontra-se onde ninguém vê. Nem eu o vejo, nem eu me vejo. Mas meu cérebro luta para encontrá-lo e o encontra. Ele foi expulso pelo gelo das emoções e está fervendo num canto vazio qualquer. Meu corpo continua parado, meu cérebro agitado, meu espírito capturado.

Surge uma sombra branca que recolhe meu espírito e o coloca de volta para o meu corpo, meu cérebro pára de agitar-se, está cansado. Não luta contra o gelo das emoções que circula meu corpo. A sombra branca afasta o gelo e permite que apenas as emoções permaneçam a me rodear.

O cérebro se acalma, meu corpo volta a ter movimentos e meu espírito graceja de felicidade por estar de volta e tendo a companhia da sombra branca que veio a ser a nova amiga perene. Não vejo a sombra branca, nem vejo meu espírito, mas consigo me enxergar novamente.

Como isso aconteceu? Não sei, coisas sempre acontecem, mesmo que pareçam absurdo.

Algumas historias são black,
Outras são punk.
Em algumas se sai vivo,
Noutras só spank.

E hoje o que eu tenho para contar é muito mais que uma história, é uma peça triste, que peço triste para ninguém contar.

Eu encantei-me com o abstrato amor,
Em cheiro de flor,
Foi fedendo até
Feder de vez.

Eu estava perdido em mim, nos meus desejos, nos meus próprios encantos;
Foram os sonetos da minha infância os primeiros passos para o descobrimento,
Foi a mutilação do sentimento.



A febre passou.

Oração dos Artistas

Senhor ! Tu que és o maior dos artistas, fonte das mais belas inspirações, abençoa o meu talento e as minhas obras. Maravilhoso é o dom que me destes na louvada missão de servir-te com alegria e de exercer o meu trabalho com amor e dedicação. Por isso, agradeço-te por permaneceres sempre comigo. Mesmo incompreendido ou diante de desafios, quero sustentar em minha vocação a energia de vencer e realizar meus projetos no imenso cenário da vida. Dá-me equilíbrio entre a razão e a emoção, humildade e sabedoria para me aperfeiçoar. Inspira-me, ó Mestre, à criação do novo e do belo. Protege, também todos os artistas em suas carreiras e gêneros. Faze com que minhas obras contribuam para a construção de teu reino e que eu prospere, seguindo teus desígnios, pelos caminhos gloriosos da arte.

Tudo Branco


No princípio é calor
No meio amor
No fim a dor

Princípio, meio e fim
Calor, amor e dor
Assim foi pra mim
Sair do meu torpor

Atordoante saber
Que toda a história
Teve seu tecer
Sem ter memória

Não existiu princípio
Não existiu o meio
Mas o fim veio

 

E agora o Agora, dentro dele, O Peixeiro.

 O Peixeiro - Papareia sob holofotes paulistanos

Outra, leia Jornal, informar-se faz bem.